Já escrevi
cartas de todos os tipos.
Cartas formais, cartas com pedidos especiais. Já escrevi aos deputados e senadores deste país
solicitando-lhes maior comprometimento e lisura. Escrevi também para meus
colegas educadores pedindo-lhes que mantenham o entusiasmo e dedicação e que se
preparem com humildade para o novo tempo. Escrevi até para Santo Antônio a fim
de dizer-lhe que a vida é boa, estou muito agradecida, coisa e tal, mas que está
muito difícil viver tão só (vixe...), nessa hora até esqueci as formalidades
espirituais.
Já escrevi
cartas para pessoas queridas e distantes contando sobre os acontecimentos da
minha vida e sobre os fatos à minha volta. Escrevi aos parentes e amigos a fim
de felicitá-los pelos dias especiais.
Quase sempre
me esquecia de colocar as cartas e cartões nos Correios! Oh céus, como eu amo a
modernidade, nesses novos tempos enviamos através de redes sociais ou aplicativos!
Escrevi
muitas cartas de amor, mas essas eu não enviei, não por esquecimento, não
enviei por não ser correspondido o amor. Ainda que as enviasse seriam cartas
sem resposta. Correspondência é intercâmbio, reciprocidade, comunicação entre
pessoas. No meu caso eram apenas cartas mesmo, cartas que eu escrevi, coisas
que eu senti... Não correspondido!
Por: Gisele Nunes