Foi um cerimonial nada tradicional, sem aquelas coisas de trocar a boneca pelo sapatinho de baile, porque não somos meninas tradicionais. Uma homenagem simples e rápida para alguém muito especial: Helena. Mas foi Beatriz quem surpreendeu e em uma única frase emocionou a todos os parentes e amigos presentes: “você é minha melhor amiga!”
Quando minha mãe teve câncer, Beatriz tinha cerca de 5 anos de idade, e ao perceber o quanto era importante ter um irmão que me amparava nos momentos difíceis e dividia as atribulações, eu decidi ter o segundo (a) filho (a). Disse a Beatriz que lhe deixaria um tesouro que ela deveria cuidar: mais que um irmão ou irmã, um amigo (a) com quem pudesse contar, alguém que iria dividir não só as coisas boas (o colo da mãe, chocolate, o quarto de princesa...), mas também as coisas ruins.
E assim tem sido, construímos juntas uma linda história de amor, nem sempre cor de rosa, mas transparente, sincera e de muita cumplicidade. Já plantei uma árvore, escrevi cartas e histórias, mas minha maior realização é vê-las seguindo suas vidas com as sementes que consegui semear em seus corações. Todo bem que eu fizer ao mundo não será suficiente para agradecer a Deus a oportunidade de conviver e cuidar dessas meninas. Juntas, somos superpoderosas!